GECEF analisa a existência das Torcidas Organizadas no Brasil

Por Janaína Ferraz

No último encontro do Grupo de Estudos em Comunicação Esportiva e Futebol (GECEF) realizado na quinta-feira (26 de agosto), o aluno de Jornalismo Caio Casagrande apresentou uma análise sobre a história das torcidas organizadas, suas formas de composição e os problemas mais freqüentes em torno desses grupos associativos.

As torcidas organizadas no Brasil começaram a surgir no Brasil a partir do início da década de 1940. Até então elas se chamavam Torcidas Voluntárias, e geralmente promoviam encontros de torcedores em bares ou nos próprios estádios. A primeira grande torcida organizada foi fundada em 1939 e chamava-se Torcida Uniformizada de São Paulo; logo depois foram se formando outras tantas como, por exemplo, a Charanga do Flamengo de 1942. Nessas Torcidas Uniformizadas havia sempre um “chefe de torcida” e as organizações eram vinculadas aos clubes.
Porém, a partir de 1969, com a criação da Gaviões da Fiel, essas torcidas passaram de um grupo de torcedores para uma formação mais empresarial, que hoje possuem estatuto próprio, presidente, conselho, diretoria, marketing e sócios, além de não serem mais vinculadas diretamente aos clubes.

O aluno de Jornalismo também destaca que as torcidas organizadas não possuem só a imagem violenta de organização militarizada que a mídia sempre divulga, mas que essas torcidas também estão voltadas para projetos sociais, como campanhas de doação de sangue, agasalhos e discussões políticas. Mas, o caráter violento dificilmente tem deixado de acompanhar as torcidas organizadas, o que fez com que o femômeno tenha se tornado um problema não só dos clubes e das torcidas, mas também das autoridades públicas. Tanto que uma nova lei foi sancionada e prevê multa e detenção às práticas violentas dentro dos estádios e em um raio de 5 km.

Dependendo do nível da violência, há proibição de freqüentar estádios por 3 anos. Infelizmente, sabemos que esse tipo de lei pouco se aproxima da eficiência que a sociedade brasileira, amante do futebol, necessita para garantir sua segurança.

O GECEF se reúne quinzenalmente, sempre às quintas-feiras, às 17h, na Sala 69 da FAAC-UNESP. O próximo encontro será realizado no dia 9 de setembro e contará com a exposição das alunas de Relações Públicas da UNESP, Raíssa Moraes e Mônica de Lima, que abordarão o tema “A Mulher e o Esporte”.

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