Texto: Zeca Marques. Foto: Tuca Américo

Desde o último dia 14 de maio, a Rádio UNESP FM (105,7) passou a contar com um novo programa em sua grade semanal. Trata-se do "Observatório do Esporte", que vai ao ar toda sexta-feira na hora do almoço, às 12h15, e que é formado por integrantes do GECEF (foto).

O "Observatório do Esporte" integra um projeto de extensão cadastrado junto à Pró-Reitoria de Extensão da UNESP e liderado pelo Prof. Marcos "Tuca" Américo, do Departamento de Comunicação Social da FAAC/UNESP.

O programa dura 45 minutos, durante os quais são discutidos os principais temas relacionados ao esporte. A locução é de Sérgio Bruno Trivelato e Andressa "Piri" Borzilo. Os comentários ficam a cargo do próprio Tuca e do Prof. José Carlos (Zeca) Marques, do Departamento de Ciências Humanas da FAAC.

O programa normalmente está dividido em quatro blocos: no primeiro, os participantes manifestam seu "aplauso" ou sua "vaia" para algum fato da atualidade; depois, três temas são colocados em debate, com a presença de entrevistas gravadas; em seguida, relembra-se algum fato marcante do esporte no quadro "Momentos para sempre"; por último, divulga-se algum livro, filme ou exposição no quadro "Dica cultural".

O "Observatório do Esporte" tem a produção de cinco alunos do curso de Jornalismo da FAAC/UNESP: Caio Casagrande, Fernando Trindade, João Paulo Benini, Karla Torralba e Matheus Orlando. A sonoplastia fica a cargo de Silvestre Oliveira, e a direção de Fábio Fleury e Danilo Koga. Prestigie!

Por Juliana Santos

Na última quarta-feira, dia 26 de maio, a reunião do Grupo de Estudos em Comunicação Esportiva e Futebol (GECEF) foi marcada pela apresentação de Rafaela Bolsarin e Renan Biazotti, alunos de Jornalismo da UNESP/Bauru, com o estudo sobre a relação entre a criança e o esporte.

Os estudantes falaram das modalidades esportivas mais indicadas na infância, como a natação, a corrida e a ginástica. Esses esportes são os mais recomendados, pois auxiliam no desenvolvimento físico da criança.

Na apresentação foi destacado ainda que, para o esporte ter um efeito positivo na infância, é importante que a prática seja adequada e, acima de tudo, seja do desejo da criança. Também foram analisados alguns pontos negativos, como a pressão e a competividade, que tiram o espírito lúdico que o esporte deve ter na infância e que pode levar a desistências por parte de meninos e meninas.

Além disso, outro ponto que pode prejudicar a garotada é o “corujismo” dos pais, ou a pressão da "linhagem", quando há casos de familiares atletas. Foram discutidos pelo grupo diversos exemplos negativos e positivos de pais e filhos atletas.

A apresentação foi encerrada com um alerta para a importância da prática saudável do esporte desde a infância, pois cada vez mais aumenta o número de crianças sedentárias e obesas.

A próxima reunião do GECEF está marcada para o dia 9 de junho, às 17h, na sala 69 da FAAC-UNESP. Não perca!

Por Juliana Santos

No último encontro do Grupo de Estudos em Comunicação Esportiva e Futebol , realizado na quarta-feira (12 de maio), o aluno de Jornalismo Thiago Navarro apresentou uma análise sobre o fato de algumas cidades do interior de São Paulo ganharem reconhecimento não apenas pela prática do futebol, mas pelo incentivo e interesse por outras modalidades esportivas.

Na análise de Thiago foram apresentadas diversas cidades que mantêm supremacia esportiva para além do futebol. Entre os principais exemplos estão os municípios que se dedicam ao basquete, prática muito forte no interior paulista, como São José dos Campos, Bauru, Franca, Rio Claro, Limeira, Araraquara, Assis, Sorocaba, Piracicaba, Ourinhos e Catanduva. Outras modalidades citadas como exemplos foram o futsal (futebol de salão) de Garça e Ôrlandia, o hóquei sobre patins de Sertãozinho, o vôlei de Araçatuba e Araraquara, e o voo a vela de Bauru.

O aluno de Jornalismo também destaca que existem duas possíveis explicações para este fenômeno: o fato de o esporte já ser uma tradição da cidade (como, por exemplo, o basquete em Franca, São José dos Campos e Bauru), ou então o investimento maçiço de empresários em determinada modalidade esportiva (como o futsal em Garça e o vôlei em Araçatuba).

O GECEF se reúne quinzenalmente, sempre às quartas-feiras, às 17h, na FAAC-UNESP. O próximo encontro será realizado no dia 26 de maio. Participe!

Por Fernando Trindade

A presença de José Roberto Torero fechou o ciclo de palestras do IV Seminário de Comunicação Esportiva do Gecef. Com o tema: “A Copa do Mundo e suas implicações literárias e jornalísticas”, o debate teve a mediação do professor da FAAC, Marcelo Bulhões, e iniciou-se com uma breve apresentação do escritor, que trabalhou 12 anos na Folha de São Paulo, entre 1998 e 2010.

Torero fugiu do padrão de palestras, pois já começou com as perguntas do público e assim foi até o final. Respondendo às questões, o escritor, jornalista e roteirista fez um traçado de sua vida profissional com os livros que escreveu, a Copa do Mundo de 2006, o emprego na Folha de São Paulo e também do blog que mantém no Portal UOL.

Perguntado sobre as crônicas, o escritor falou de seu personagem mais famoso: o Zé Cabala. Além dele, outro personagem que também fez sucesso foi Lelê, que tem um blog ativo há 4 anos. Lelê foi criado em 2006, enquanto o escritor esteve na Alemanha, cobrindo a Copa do Mundo pela Folha de São Paulo. Curiosamente, o blog do personagem Lelê teve mais acessos do que o do próprio autor.

Torero contou também um pouco sobre a cultura e as peculiaridades da Alemanha, durante sua permanência no país durante a Copa de 2006. A rotina dele se baseava em acompanhar os treinos da seleção brasileira e escrever para o jornal, que possibilitou o passe livre para o escritor, ou seja, não tinha preocupação em cumprir pautas. Era livre pra criar o que quisesse. E é assim que Torero gosta de trabalhar. Escrever sobre o que gosta.

Ainda pela Folha, Torero contou a aventura que teve quando fez uma série de reportagens sobre a série C do Campeonato Brasileiro. Conheceu a cultura e culinária de vários estados do país e chamou a atenção para a região nordeste, que conta com muitos times na terceira divisão. Nos estádios, muita animação e comida boa.

O escritor também comentou a produção do curta-metragem “Uma história de futebol”, do qual ele é roteirista e que originou o livro com o mesmo título (ver foto acima, à direita). O curta foi indicado ao Oscar e conta a história de Zuza, um amigo de infância de Pelé, o qual é conhecido no curta como Dico. A história se passa em Bauru e narra as conquistas do time Sete de Setembro, nome da rua em que a família de Pelé morou na cidade.

A noite encerrou-se com uma séria de agradecimentos feitos pela Profa. Dra. Sandra Regina Turtelli, coordenadora do GECEF. Na ocasião, foi apresentado também o livro Esporte em Foco (2010, Selo Cultura Acadêmica), que reúne textos dos participantes dos três primeiros seminários organizados pelo GECEF em 2006, 2007 e 2008.


Por Caio Casagrande

A noite do segundo dia do IV Seminário de Comunicação Esportiva trouxe o tema “A Copa do Mundo e suas implicações artístico-musicais”. Mediado pelo Prof. Dr. José Carlos Marques, o palestrante Beto Xavier, radialista formado na UNESP Bauru e autor da obra Futebol no país da música (ao lado), expôs sua pesquisa sobre a conexão entre a música e o futebol no Brasil.

Beto Xavier começou com um fato curioso e que muitos desconhecem. Charles Miller, precursor do futebol no Brasil, era casado com uma das maiores pianistas brasileiras, Antonieta Rudge. A música e o futebol se entrelaçavam desde os primeiros pontapés. Para Beto, o futebol e a música eram os grandes meios de ascensão social. E o Rio de Janeiro foi o grande palco para que essa ligação tomasse dimensões populares. Foi nesse contexto que surgiu a primeira música que falava sobre futebol, “1x0” - composição de Pixinguinha.

A geração de ouro da música brasileira, que contou com nomes consagrados como Noel Rosa, Ary Barroso, entre outros, misturou-se muito ao futebol, e o número de músicas sobre o tema continuou a crescer. Foi nessa época que hinos de clubes começaram a tomar outros rumos, especialmente por iniciativa de Lamartine Babo, responsável por dar nova cara aos hinos dos clubes cariocas.

Já o primeiro título Mundial do Brasil no futebol em 1958 trouxe grandes conseqüências para a música, algo intensificado pela Bossa Nova, surgida no mesmo ano. Foi também em 1958 que se notabilizou a primeira música com ligação direta com a Seleção Brasileira e uma das que mais marcaram o torcedor: trata-se da marcha “A taça do Mundo é nossa”, de Maugeri Sobrinho.

Segundo Beto Xavier, a ligação mais intensa entre futebol e música aconteceu durante o mundial de 1962. Elza Soares e Garrincha eram ícones da época e transmitiam essa mistura perfeita. Na década de 1970, com a ditadura imposta no Brasil, músicos, como Gonzaguinha, usavam da música para cutucar o sistema vigente e até criticar a seleção. “Pra frente Brasil” foi o hino do time canarinho da Copa de 1970 e é lembrado por muitos até hoje.

O grande jejum sem títulos fez com a que a música sofresse uma transformação. No ano de 1994, quando o Brasil em fim conquistou o tetracampeonato nos EUA, a música futebolística, segundo Beto Xavier, transformou-se em algo pop. Essa mudança foi encabeçada por bandas como Skank e Engenheiros do Hawai.

O IV Seminário de Comunicação Esportiva continua nesta quarta-feira, às 14h, com uma sessão de comunicações de alunos de graduação e pós-graduação.

Por Juliana Santos

As atividades do IV Seminário do GECEF foram retomadas nesta terça-feira, dia 4, às 16 horas com a Mesa-redonda “A Copa do Mundo e suas implicações esportivas”.
A mediação da mesa–redonda foi feita pelo Prof. Dr. Mauro Betti (UNESP) e contou com a presença dos palestrantes Prof. Ms. Maurício Stycer (Jornalista do Portal UOL) e o Prof. Dr. Ary José Rocco Jr. (Fecap-SP).

Mauricio Stycer começou a sua participação falando sobre a emoção causada pelo esporte. Depois expôs diversos pontos que considera importante na cobertura da Copa do Mundo deste ano na África do Sul, como a dificuldade que os jornalistas encontrarão para conseguir falar com os jogadores da seleção brasielira, já que o próprio técnico Dunga alertou que os jornalistas não terão livre acesso à seleção. Além disso, citou como essa Copa servirá de parâmetro para a Copa de 2014 no Brasil, e ainda comentou sobre a Copa mediada pelo Twitter e pelos blogs, ferramentas que terão grande importância neste evento em 2010.

O jornalista também destacou a grande cobertura que os portais de internet farão na Copa, e como isso poderá mudar as coberturas no meio impresso. “Vai ser uma batalha pela matéria exclusiva, que seja diferente, pois imagina você chegar no dia depois de um jogo e ficar lendo no jornal o que você já leu na internet. Trata-se de um mega-desafio, que deve estar na cabeça de todos os editores.”

O Prof. Dr. Ary José Rocco Jr. fez uma apresentação sobre “A Copa do Mundo e suas implicações mercadológicas”, em que destacou a importância do aspecto emocional do esporte, que é essencial para o mercado, e como o esporte é algo adquirido e consumido ao mesmo tempo. Ary destacou que eventos do porte de Copa do Mundo são exclusividades dos grandes patrocinadores e afirmou que, em 2014, as empresas brasileiras podem encontrar desafios: “Acho que vai ser uma dificuldade, basicamente teremos uma série de patrocinadores globais, mesmo porque a FIFA é a detentora do evento.”

Ary concluiu mostrando a grandiosidade mercadológica que existe em um evento como a Copa, e citou alguns dados, como por exemplo, o valor de 7,5 bilhões que será pago pela transmissão do evento neste ano.

Neste dia 5 (quarta-feira), teremos o último dia de atividades do IV Seminário de Comunicação Esportiva do GECEF. Não deixe de conferir!

Por João Paulo Benini

A noite desta segunda-feira, 3 de maio, marcou a abertura dos trabalhos noturnos do IV Seminário de Comunicação Esportiva, evento organizado pelo GECEF. Mediados pelo professor Marcos Américo, os palestrantes Cláudio Bertolli Filho (UNESP), Heloisa Bruhns (UNICAMP) e Fábio Franzini (UNIFESP) expuseram seus pontos de vista sobre o tema "A Copa do Mundo e suas implicações culturais".

A Profª. Dra. Heloísa Bruhns afirmou que o futebol está entrelaçado na cultura, é uma manifestação cultural, por isso representa conformismo e reprodução e ao mesmo tempo também representa resistência. Para ela, durante o jogo de futebol há abstenção no tempo e no espaço, inexistindo o tempo do relógio, só o tempo do jogo. Relacionou o tema da abstenção temporal ao cinema e citou como exemplos os filmes: “O ano em que meus pais saíram de férias” e “A grande final”. Para a catedrática da UNICAMP, o futebol está inserido em nosso cotidiano, fazendo com que nosso linguajar receba toques e gírias oriundas dos gramados.

O segundo palestrante a se apresentar no anfiteatro Antonio Manoel dos Santos foi o Prof. Dr. Fábio Franzini. O docente da UNIFESP abordou a mobilização provocada pelo futebol em diferentes épocas da história nacional. Citou as participações das seleções brasileiras nas Copas de 1930, 1934 e 1938 como exemplos de equipes que eram montadas muito em função da política da época. Comentou que houve comemoração dos paulistas quando a seleção brasileira foi eliminada da Copa de 1930. O motivo de tal comemoração se deveu ao fato de que a seleção era formada por jogadores de clubes cariocas.

O último palestrante a se apresentar foi Cláudio Bertolli Filho, docente da UNESP (Campus de Bauru). Bertolli comentou o “futebol de várzea” e o início das rivalidades no mundo futebolístico. Contou um pouco de sua história em São Caetano do Sul (SP), do campinho em que enfrentavam os “adversários” de São Bernardo e Santo André. Cláudio ainda comentou sobre a falta de espaço que as grandes mídias oferecem ao futebol de várzea e sugeriu que novos jornalistas se debruçassem sobre o tema a fim de também compreenderem as grandes rivalidades que só vêm à tona em eventos como a Copa do Mundo.

Nesta terça-feira, dia 4 de maio, o evento será reiniciado com um debate sobre “A Copa do Mundo e suas implicações esportivas”. A mesa-redonda começa às 16h, na Sala 1 da FAAC-UNESP.


Texto de Juliana Santos; Foto de Tuca Américo

O IV Seminário de Comunicação Esportiva do GECEF, que este ano tem como tema “A Copa do Mundo e suas implicações culturais e esportivas”, começou nesta segunda-feira, dia 3 de maio, às 14 horas com a Roda-de-histórias: “causos” & memória da cobertura em Copas do Mundo.

O evento contou com a participação dos jornalistas Rafael Antônio Mainini (narrador esportivo de rádio e internet, à esquerda, na mesa), Andressa Borzilo (produtora de esportes da TV Record) e Marcelo Ferrazolli (Editor de Esportes do Jornal da Cidade - na foto, de camisa preta).

Na Roda-de-histórias, que foi mediada pelo Prof. Dr. João Batista Chamadoira (na foto, de camisa branca), os jornalistas citaram vários momentos importantes que marcaram as coberturas dos jogos que realizaram.

Além disso, os convidados apresentaram um pouco sobre as suas carreiras e destacaram como é o trabalho em cada uma das áreas. Rafael Mainini comentou o que é necessário para o jornalismo esportivo no rádio: “Primeiro tem que gostar e se entregar (...). Eu recomendo que o estudante tenha uma passagem pelo rádio, pois ele é uma grande escola.”

As atividades do IV Seminário do GECEF continuarão até o dia 5. Não percam!

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