Por Janaína Ferraz

O GECEF – Grupo de Estudos em Comunicação Esportiva e Futebol – discutiu na última quinta-feira, dia 21 de outubro, a obra “Veneno Remédio: O futebol e o Brasil” de José Miguel Wisnik (São Paulo: Companhia das letras, 2008). O livro foi resenhado pelo aluno do segundo ano de jornalismo da UNESP-Bauru, Fernando Trindade.

A obra de Wisnik é um estudo bem amplo a respeito do futebol e suas múltiplas relações com a cultura brasileira. Utilizando-se de uma linguagem repleta de analogias literárias, Wisnik trabalha o conceito de futebol como processo de uma linguagem não-verbal, pondo-o em questão como cenário de incorporação na sociedade brasileira em algumas de nossas forças e fraquezas mais profundas, ajudando a ver, sob outra luz, algumas questões centrais da nossa formação e identidade.

Assim como um drible de corpo, um lançamento de efeito ou jogadas que os craques brasileiros inventaram ou desenvolveram, encontrando novos caminhos para chegar ao gol e à vitória, Wisnik faz alusão à própria característica do indivíduo brasileiro, que encontra em seus “dribles” a maneira de superar os obstáculos da vida cotidiana.

José Miguel Wisnik centra sua obra no jogo da bola e de sua evolução ao longo das décadas, citando craques como Domingos da Guia, Pelé, Garrincha e Romário, além de escritores consagrados, como Machado de Assis, Mário de Andrade e Oswald de Andrade, sociólogos como Gilberto Freyre e historiadores como Sérgio Buarque de Holanda e Caio Prado Júnior.

O GECEF se reúne quinzenalmente, sempre às quintas-feiras, às 17h30, na Sala 69 da FAAC-UNESP. O próximo encontro será realizado no dia 4 de novembro. Não perca!


Por Janaína Ferraz

No último encontro do Grupo de Estudos em Comunicação Esportiva e Futebol (GECEF) realizado na quinta-feira (7 de outubro), o aluno de Jornalismo Mateus Orlando apresentou uma resenha do livro “A dança dos Deuses: Futebol, sociedade, cultura” de Hilário Franco Júnior (São Paulo: Companhia das Letras, 2007).

O livro é dividido em duas partes – uma histórica e outra de viés analítico. Do ponto de vista histórico, o autor mostra como o futebol não pode ser dissociado da história geral das civilizações. A própria evolução das regras e das táticas do esporte responde a necessidades específicas do jogo, mas também só pode ser entendida em contextos de adaptação do futebol às mudanças no mundo.

Na segunda parte, Franco Júnior procura investigar o esporte como metáfora sociológica, antropológica, religiosa, psicológica e lingüística. Somos levados a pensar, por exemplo, sobre os diferentes usos políticos do futebol, seja por regimes autoritários ou democráticos, tanto uns quanto outros sempre abraçados ao nacionalismo.

O autor ainda nos convida a refletir sobre os sentidos ocultos em toda a ritualização do mundo esportivo, nos nomes dos times, nas cores das camisas, nos escudos, e ainda recorre a Freud para examinar a fascinação que o esporte exerce.

Mateus desenvolveu de maneira muito eficaz a linguagem e o enredo da obra, apresentando para o grupo de estudos uma excelente resenha do livro. A partir de sua apresentação, pôde-se analisar a idéia de que o futebol trata-se da mais pura imitação da vida.

A próxima reunião do GECEF está marcada para o dia 21 de outubro, às 17h, na sala 69 da FAAC-UNESP. Venha participar!

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