Por Janaína Ferraz

Na última quinta, dia 23 de setembro, a reunião do Grupo de Estudos em Comunicação Esportiva e Futebol (GECEF) foi marcada pela apresentação de João Paulo Benine, aluno do quarto termo de Jornalismo da Unesp-Bauru, que apresentou e debateu a obra “Como o futebol explica o mundo” de Franklin Foer (Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005).

O livro estuda o futebol como o pano de fundo para as mudanças ocorridas nos séculos XX e XXI. Temas delicados como nacionalismo, conflitos religiosos entre católicos e protestantes, hooliganismo (comportamento destrutivo e desregrado, quase sempre associado aos fãs de esportes), corrupção, novas oligarquias e discriminação racial são abordados na obra.

O autor usa como objeto de estudo, entre outras questões, os conflitos entre sérvios e a minoria étnica na Iugoslávia. O controle da mídia e outros temas como os judeus no esporte, o futebol como dínamo da mudança do mundo islâmico e a entrada e aceitação do futebol nos EUA também fazem parte desse recorte temático.

João Paulo, a partir de sua leitura e análise, põe em questão a obra de Franklin Foer quanto à superficialidade de abordagem dada ao futebol. Segundo ele, seria mais viável explicar o futebol através do mundo, do que o contrário, como proposto no livro.

“O futebol é o reflexo das questões sociais e das características culturais de certa sociedade, por isso, seria interessante se o autor houvesse abordado o futebol através dessa vertente”, diz João Paulo.

A apresentação foi encerrada com uma reflexão sobre a importância do futebol não só como prática esportiva, mas também como construtor da história política e social em todo o mundo.

A próxima reunião do GECEF está marcada para o dia 7 de outubro, às 17h, na sala 69 da FAAC-UNESP. O aluno de jornalismo da UNESP, Mateus Orlando, apresentará sua resenha do livro “A dança dos Deuses” de Hilário Franco Júnior (São Paulo: Companhia das Letras, 2007). Não perca!

Por Janaína Ferraz
Foto: Renata Fan, exemplo de presença da mulher no esporte, como jornalista e torcedora do Inter-RS. (Crédito: Divulgação)

O GECEF – Grupo de Estudos em Comunicação Esportiva e Futebol – discutiu na última quinta-feira, dia 9 de setembro, a presença da mulher no esporte mundial. As estudantes do 2º termo de Relações Públicas, Mônica de Lima e Raíssa Moraes, abordaram o histórico e a participação feminina na prática esportiva.

Na Antiguidade e também na Idade Média, as mulheres eram proibidas de jogar e até de assistir aos jogos olímpicos. Com o Renascimento, elas foram liberadas a praticar algumas modalidades, que se iniciaram a partir da dança. Porém, só na Idade Moderna foi permitida às mulheres assistir as competições.

O tênis, bastante difundido entre a classe média européia, tornou-se o esporte favorito entre as mulheres no final do século XIX. Nessa época, elas buscavam por meio do esporte obter satisfação mimética, social, cultural, físico e até emocional.

Com o passar do tempo, a presença feminina no esporte se tornou cada vez mais comum, ao mesmo tempo em que começaram a surgir os estereótipos e os estigmas que faziam da mulher esportista uma mulher “masculinizada”.

Por outro lado, outros fenômenos acompanharam a presença da mulher no esporte, como a criação de trajes próprios e a compreensão de que a prática esportiva poderia fortalecer o organismo feminino e, consequentemente, facilitar os trabalhos de parto.

Outras participações da mulher dentro do esporte também foram debatidas na reunião, como a presença feminina na cobertura midiática (com destaque para Renata Fan e Glenda Kozlowski, alguns dos ícones atuais do jornalismo esportivo) e, também o papel da mulher como torcedora. A partir da segunda metade da década de 1990, a mulher ganhou cada vez mais espaço no mercado de materiais esportivos e também se tornou mais presente nos estádios.

A próxima reunião do GECEF está marcada para o dia 23 de setembro, sempre às 17h, na sala 69 da FAAC-UNESP. Participem!

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