No dia 12 de novembro, a reunião do Grupo de Estudos em Comunicação Esportiva e Futebol (GECEF) foi marcada pela apresentação do professor José Carlos Marques (Zeca), com o estudo sobre a construção dos mitos no esporte, em especial, os casos de Ayrton Senna e de Ronaldo Fenômeno.
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Reunião do GECEF discute a construção dos mitos no esporte
Reunião do GECEF discute a construção dos mitos no esporte
Por Janaína Ferraz
No dia 12 de novembro, a reunião do Grupo de Estudos em Comunicação Esportiva e Futebol (GECEF) foi marcada pela apresentação do professor José Carlos Marques (Zeca), com o estudo sobre a construção dos mitos no esporte, em especial, os casos de Ayrton Senna e de Ronaldo Fenômeno.
No dia 12 de novembro, a reunião do Grupo de Estudos em Comunicação Esportiva e Futebol (GECEF) foi marcada pela apresentação do professor José Carlos Marques (Zeca), com o estudo sobre a construção dos mitos no esporte, em especial, os casos de Ayrton Senna e de Ronaldo Fenômeno.
Baseado nos estudos de Mircea Eliade, Roland Barthes, Joseph Campbell e Claude Lévi-Strauss, o professor dirigiu sua argumentação a fim de podermos entender o que o termo “mito” significa e como sua construção é dada ao longo do tempo.
Para Mircea Eliade, “(...) o mito só fala daquilo que realmente aconteceu daquilo que se manifestou plenamente.” Já Roland Barthes afirma que “tudo pode constituir um mito, desde que seja suscetível de ser julgado por um discurso.”
Campbell definiu o “Percurso do herói mitológico” a partir de seis etapas que o indivíduo comum deve passar para um dia tornar-se mito; 1) abandono da condição terrena;2) ingresso no reino das provas; 3) início da jornada mitológica; 4) ingesso no campo dos desafios, derrotas e VITÓRIAS; 5) volta ao mundo inicial; e 6) repartição do elixir da conquista com os seus semelhantes.
Com base nessas etapas, o Professor Zeca Marques apresentou a vida do piloto Ayrton Senna e do jogador de futebol Ronaldo, como sendo um percurso da construção mitológica.
No caso Senna, o capacete verde-e-amarelo faria alusão à condição terrena do herói; os momentos da vitória representariam a superação após o ingresso no reino das provas, assim como a própria logomarca e o S do Senna como negócio e marketing pessoal bem feitos; por último, a morte ocorrida em seu próprio “campo de batalha”, ao vivo e para milhões de pessoas, constituiria o início da mitificação do herói Ayrton Senna.
Já o caso Ronaldo, é exposto pelo professor como “O Mito Construído, Destruído, Restituído”: seu brilhantismo no inicio da carreira (Melhor jogador do mundo pela FIFA e Bola de Ouro pela France Football em 1997); crise de stress na Copa do Mundo de 1998; escândalo de prostituição na Itália em 1999; Contusão do joelho esquerdo em 2000; volta esplendorosa aos campos em 2001 após dezoito meses longe dos gramados; campeão do mundo na Copa de 2002.
E mesmo vivendo temporadas difíceis no Millan o que levou o jogador a sair do clube, e a descoberta de hipertireoidismo, o Fenômeno é contratado pelo Corinthians e com alguns quilos a mais e muito criticado pela imprensa. Entretanto, Ronaldo supera-se mais uma vez e é Campeão Estadual e Campeão da Copa do Brasil pelo Corinthians em 2009. O que prova novamente que a construção do mito já faz parte da vida de Ronaldo e sua imagem mitológica está presente em todos que admiram o futebol.
A próxima reunião do GECEF está marcada para o dia 18 de novembro, às 17h, na sala 69 da FAAC-UNESP. Não perca!
Reunião do GECEF discute a construção dos mitos no esporte
Reviewed by GECEF - Grupo de Pesquisa vinculado à UNESP (Bauru - SP)
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18:53:00
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