Desculpem pela falta de espaços esportivos nas escolas;
Pela falta de professores de educação física nas séries iniciais;
Pelas escolinhas mercantilizadas que buscam quantidade de clientes e não qualidade de aprendizagem;
Desculpem pela falta de incentivo na base;
Desculpem pela falta de praças esportivas;
Desculpem pelo discurso de que "o esporte serve para tirar a criança da rua" (é muito pouco se for só isso!);
Desculpem pela violência nas ruas que impede jovens de brincar livremente, tirando deles a oportunidade de vivenciar experiências motoras;
Desculpem se muito cedo lhe tiraram o "esporte-brincadeira" e lhe impuseram o "esporte-profissão";
Desculpem pelo investimento apenas na fase adulta quando já conseguiram provar que valia a pena;
Desculpem pelas centenas de talentos desperdiçados por não terem condições mínimas de pagar um transporte para ir ao treino, de se alimentar adequadamente, ou de pagar um "exame de faixa";
Desculpem por não permitirmos que estudem para poder se dedicar integralmente aos treinos.
Desculpem pelo sacrifício imposto aos seus pais que dedicaram seus poucos recursos para investir em algo que deveria ser oferecido gratuitamente;
Desculpem levá-los a acreditar que o esporte é uma das poucas maneiras de ascensão social para a classe menos favorecida no nosso país;
Desculpem pela incompetência dos nossos dirigentes esportivos;
Desculpem pelos dirigentes que se eternizam no poder sem apresentar novas propostas;
Desculpem pelos dirigentes que desviam verbas em benefício próprio;
Desculpem pela falta de uma política nacional voltada para o esporte;
Desculpem por só nos preocuparmos com leis voltadas para o futebol (Lei Zico, Lei Pelé, etc.);
Desculpem se a única lei que conhecem ligada ao esporte é a "Lei do Gérson" (coitado do Gérson);
Desculpem pelos secretários de esporte de "ocasião", cujas escolhas visam atender apenas, promessas de ocupação de espaços político-partidários (e com pouca verba no orçamento);
Desculpem pelos políticos que os recebem antes ou após grandes feitos (apenas os vencedores) para usá-los como instrumento de marketing político;
Desculpem por pensar em organizar "Olimpíadas" se ainda não conseguimos organizar nossos ministérios, nossas secretarias, nossas federações, nossa legislação esportiva;
Desculpem por forçá-los, contra a vontade, a se "exilarem" no exterior caso pretendam se aprimorar no esporte;
Desculpem pela cobrança indevida de parte da imprensa que pouco conhece e opina pelo senso comum.
Desculpem o povo brasileiro carente de ídolos e líderes por depositar em vocês toda a sua esperança;
Desculpem pela nossa paixão pelo esporte, que como toda paixão, nem sempre é baseada na razão;
Desculpem por levá-los do céu ao inferno em cada competição, pela expectativa criada;
Desculpem pelo rápido esquecimento quando partimos em busca de novos ídolos;
Desculpem pelas lágrimas na derrota, ou na vitória, pois é a forma que temos para extravasar o inexplicável orgulho de ser brasileiro e de, apesar de tudo, acreditar que um dia ainda estaremos entre os grandes.

Por RONALDO PACHECO DE OLIVEIRA FILHO - professor da Secretaria de Educação do DF (cedido à UnB) e da Universidade Católica de Brasília.

(texto veiculado no excelente Blog do Juca Kfouri, no dia 25 de setembro)

As reuniões do GECEF continuam a mil por hora na Unesp de Bauru. Aproveitando o término de mais uma edição dos Jogos Paraolímpicos, o grupo resolveu trabalhar o tema entre seus participantes.
A discussão girou em torno sempre do caráter de inclusão dos deficientes na sociedade através do esporte. A história dos Jogos Paraolímpicos mostra isso: desde o começo das primeiras competições entre deficientes o esporte era usado como forma de recuperar as pessoas e inclui-las entre as pessoas "normais" novamente. Tanto que o termo paraolímpico não vem de paraplégico, como se imagina, e sim de "paralelo aos Jogos Olímpicos", já que ocorre sempre depois da versão moderna dos Jogos Olímpicos.
Discutimos também a cobertura midiática nos Jogos Paraolímpicos e o crescente desempenho brasileiro, o que credencia nosso país como a mais nova potência paraolímpica. Na pauta entrou também a estrutura do país para com os nossos deficientes, muitas vezes abandonados e sem condição de exercerem seu esporte.
Por falar em estrutura, uma discussão que ficou inacabada e que queremos partilhar com você, leitor. Pela primeira vez Rio de Janeiro aparece bem cotada para sediar uma edição dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, isso no ano de 2016. Muito se discute sobre a capacidade brasileira de realizar os Jogos Olímpicos, mas não vimos ninguém ainda discutir o tema principal. Jogos Olímpicos, com esforço, o Rio realiza. Entretanto será que a estrutura da cidade será suficiente para os Jogos Paraolímpicos. Oras, a conquista de guias rebaixadas na rua para os cadeirantes é uma conquista recente. Pare para pensar: com os Jogos Paraolímpicos a cidade precisaria de uma frota de ônibus adaptados bem maior, um acesso fácil para os pontos turisticos, ruas e calçadas sem buraco, uma vila paraolímpica adaptada para todos os tipos de deficiência, além de uma maior preparação dos voluntários para tratar a pessoa com necessidades especiais, o que, convenhamos, é um dos pontos fracos de um país que não respeita seus deficientes. Jogos Olímpicos o Brasil tem capacidade de tirar de letra. Já os Jogos Paraolímpicos é um problema que ninguém pensou, e já estamos a oito anos. Esse é um problema muito grave para ser lembrado a apenas um ano de uma possível realização carioca dos Jogos da era moderna.

Eu quero levar uma vida moderninha
Deixar minha menininha sair sozinha
Não ser machista e não bancar o possessivo
Ser mais seguro e não ser tão impulsivo

Mas eu me mordo de ciúme
Mas eu me mordo de ciúme

Meu bem me deixa sempre muito à vontade
Ela me diz que é muito bom ter liberdade
Que não há mal nenhum em ter outra amizade
E que brigar por isso é muita crueldade

(Ultraje a Rigor)

Ciúmes de medalhas? De resultados? Ou até mesmo do sucesso?
Oras, um pouco de ciúmes não faz mal a ninguém....

O Brasil já pode comemorar! Pela primeira vez numa edição dos Jogos Paraolímpicos, e até mesmo Olímpicos, acabamos a competição no top ten no quadro de medalhas. O Brasil ficou na 9ª colocação, com 16 medalhas de ouro, 14 de prata e 17 de bronze, 47 no total. Ficamos na frente de potências como Espanha e França, países que respeitam mais seus deficientes.
Para fechar com chave de ouro, literalmente, a melhor campanha brasileira nos Jogos Paraolímpicos, mais duas medalhas foram conquistadas neste último dia de evento. Na maratona veio uma surpreendente medalha de prata com Tito Sena, que chegou em segundo lugar na classe T46, para amputados. O atleta apenas manteve a posição, chegando dois minutos antes do que o terceiro colocado.

Por fim mais uma medalha de ouro! A equipe de futebol de 5, para deficientes visuais, venceu a seleção chinesa, dona da casa, por 2 a 1 de virada e faturou o bicampeonato olímpico. Por coincidência, coube aos craques paraolímpicos honrarem o melhor futebol do mundo, já que neste caso a medalha de bronze foi para a Argentina.

O GECEF, que acompanhou todos os dias a participação brasileira em Pequim, parabeniza todos os 187 atletas que honraram a bandeira brasileira, mesmo sem a merecida atenção de nossas autoridades, que ainda ignoram o esporte como fator social. Cabe agora, com a melhor posição do país num quadro de medalhas, um melhor investimento nos esportes paraolímpicos, para que daqui a 4 anos possamos comemorar um avanço tanto na área esportiva quanto na área social.

No penúltimo dia de competições, o Brasil conseguiu superar o recorde de medalhas de ouro. Em Atenas foram 14 douradas. Agora, em Pequim, já conquistamos 15, com chances reais de conquistar mais uma amanhã, com o futebol de 5, que está na final.
A quebra do recorde, de fato, já era uma questão de tempo. Os resultados obtidos por nossos atletas não nos deixavam dúvidas sobre a evolução no quadro de medalhas. Se em Atenas conquistamos 14 douradas e 33 no total, nesta edição já contamos com 15 de ouro, 13 de prata e 17 de bronze, 45 no geral. A quatro anos ficamos no quadrado atletismo-natação-futebol- judô. Agora já conquistamos medalhas também na bocha, no remo, no hipismo e no tênis de mesa, além de termos mandado uma equipe de vôlei pela primeira vez, equipes de goalball e basquete masculino e feminino na mesma edição, entre outras façanhas.

A quebra do recorde veio nas pistas. Lucas Prado conquistou seu terceiro ouro, ao vencer os 400 metros da classe T11. Terezinha Guilhermina conquistou o outro ouro, ao vencer os 200 metros da classe T11. Foi o primeiro ouro da atleta em Pequim. A outra brasileira na prova, Jerusa Santos, também fez bonito e conquistou o bronze.

Ainda no atletismo veio mais uma medalha de prata para o país. A equipe masculina do revezamento 4x100 metros da classe T42-46 chegou em segundo lugar após uma arrancada impressionante nos metros finais, faturando uma surpreendente medalha de prata.

Entretanto, não só de alegrias viveu a delegação brasileira hoje em Pequim. A seleção de futebol de 7, formado por atletas com paralisia cerebral, perdeu a disputa ad medalha de bronze para o Irã, ao ser derrotado por 4 a 0. Uma pena para nossos craques, que demonstraram um futebol para medalha nestes Jogos Olímpicos.

Amanhã acontece a cerimônia de encerramento dos Jogos Paraolímpicos, não sem antes de haver a disputa brasileira por mais medalhas. Como já foi dito, o futebol de 5 defenderá o título olímpico contra a China, e os maratonistas Alex Mendonça e Aurélio Santos, na classe T12, e Ozivam Bonfim e Tito Sena, na classe T46 tentarão outra medalha para o atletismo brasileiro.

O GECEF parabeniza a todos os atletas paraolímpicos pela campanha e continua na torcida por mais medalhas neste último dia!

O Brasil pulverizou de vez o recorde anterior de medalhas conquistadas nesse 15 de setembro. Nossos atletas conquistaram mais seis medalhas neste dia e já somam 41 medalhas no total, com 13 de ouro, 12 de prata e 16 de bronze. O país ocupa a 11ª posição do quadro de medalhas, com as mesmas 13 medalhas douradas da Alemanha. A torcida é para que o Brasil fique no top ten pela primeira vez!!
O único ouro do dia veio novamente na natação, com André Brasil, que venceu os 400 metros livre da classe S10. Daniel Dias, o maior nome da delegação brasileira até aqui, conquistou mais duas pratas. A primeira veio na prova dos 50 metros livre da classe S5. A outro veio com a equipe do revezamento 4x50 metros medley 20 pontos. Na natação feminina, mais uma medalha de bronze, desta vez com Edenia Garcia, que chegou em terceiro na prova dos 50 metros livre da classe S4.

No atletismo, mais uma medalha, desta vez com o estreante Yohansson Nascimento, que chegou em terceiro nos 100 metros rasos da classe T46. A outra medalha do dia foi conquistada pelos nossos mesa-tenistas da classe C3, que não conseguiram superar a França na final, mas trouxeram uma inédita medalha de prata para o país, que nunca havia chegado numa semifinal paraolímpica no tênis de mesa.

Outro bom resultado brasileiro aconteceu no futebol de 5, já que nossos atletas farão a final contra a China na quarta-feira.

O GECEF parabeniza todos os medalhistas e fica na torcida pela quebra do recorde de medalhas de ouro do país!!!

O Brasil já possui sua melhor campanha em toda a história dos Jogos Paraolímpicos. Neste domingo o país conquistou mais quatro medalhas e superou o recorde de Atenas, a quatro anos, quando conquistou 33 ao todo. Agora o Brasil já soma 35 medalhas (12 de ouro, 9 de prata e 14 de bronze) e deve vir mais pelos próximos dias!
Três medalhas vieram do Cubo D'Agua novamente. Nos 50 metros livre da classe S10, novamente André Brasil, com o ouro, e Phelipe Andrews com a prata fizeram a dobradinha brasileira no pódio em Pequim. Já o bronze veio com Fabiana Sugimori nos 50 metros livre da classe S11.
O outro bronze veio novamente com Odair Ferreira, no Ninho dos Passaros. O atleta chegou em terceiro na prova dos 10 mil metros da classe T12. Esta é a terceira medalha de bronze do atleta em Pequim.
O futebol de sete, entretanto, não teve a mesma sorte. Na semifinal enfrentou a Ucrânia, atual campeã paraolímpica e perdeu por 6 a 0. A torcida agora é pela medalha de bronze, que certamente deve vir para o escrete brasileiro!
Se no futebol o Brasil teve uma derrota, no tênis de mesa podemos comemorar um resultado histórico para o tênis de mesa mundial. Nossa equipe masculina da classe C3 derrotou os chineses, favoritos e donos da casa, na semifinal e fazem a final contra a França. "É com ganhar do dream team americano no basquete", definiu o Comitê Paraolímpico Brasileiro, para se ter uma idéia da conquista. Era a primeira vez que o país estava representado na semifinal do tênis de mesa em Jogos Paraolímpicos. Uma medalha já está conquistada!!
Que nossos atletas continuem a quebrar recordes e tabus nos Jogos Paraolímpicos!

Neste dia 13 de setembro o Brasil conquistou mais três medalhas nos Jogos Paraolímpicos de Pequim. Foram duas medalhas de bronze e mais uma de ouro. Assim o país já soma 31 medalhas, sendo 11 de ouro, 8 de prata e 12 de bronze. A quebra do recorde de números de medalhas está bem próximo de acontecer. Faltam apenas três medalhas para superar o número total, e mais quatro de ouro para superar Atenas-2004.

Nas piscinas veio uma medalha de bronze. Vêronica Almeida conquistou a primeira medalha feminina na natação, com o terceiro lugar nos 50 metros borboleta. A nadadora, que sofre de uma doença rara e precisa nadar para aumentar sua expectativa de vida, superou-se para conquistar esse inédito bronze. Seu tempo na final foi quatro segundos abaixo do que ela vinha fazendo!

No atletismo veio mais duas medalhas. Terezinha Guilhermina conquistou o bronze nos 400 metros da classe T12, uma acima do que ela estava habituada a disputar. Já Lucas Prado faturou o ouro nos 200 metros da classe T11. Esta é a segunda medalha dourada de Lucas Prado, que é o grande nome do atletismo brasileiro nos Jogos.

Neste domingo teremos mais chances de medalhas para o Brasil. Na natação teremos André Brasil mais uma vez nas piscinas, além de Fabiana Sugimori, atual campeã olímpica. No atletismo é a vez novamente de Lucas Prado e Edson Pinheiro, enquanto que teremos semifinais no tênis de mesa e no futebol de sete. Na classe 3 do tênis de mesa o time brasileiro enfrenta os chineses. Já nossos craques do futebol fazem a semifinal contra a Ucrânia.

Boa sorte a todos os atletas brasileiros!


Em comparação ao desempenho brasileiro nos últimos dias de competições, podemos dizer que o Brasil não teve um resultado bom hoje, 12 de setembro, nos Jogos Paraolímpicos. Entretanto, por tudo o que nossos atletas já conquistaram, e sabendo da estrutura ineficiente que nós, sociedade e governo, damos a eles, estas duas medalhas são um excelente resultado para o nosso esporte.
Nas piscinas, novamente com Daniel Dias, veio a medalha de prata nos 100 metros peito da classe SB4. O atleta mostrou um certo cansaço, natural devido ao grande número de competições que ele disputou. Só nesta semana Daniel caiu 13 vezes nas piscinas!!!

Na bocha veio a décima medalha de ouro do país, que tem reais chances de quebrar o recorde de Atenas, a quatro anos, quando conquistou 14 medalhas douradas. Dirceu Pinto, que ja havia ganho a medalha de ouro na disputa individual da bocha na classe BC4, e Eliseu Santos, bronze na mesma disputa, formaram a dupla perfeita e conquistaram o segundo ouro da bocha brasileira, ao derrotarem a dupla portuguesa na final.

Neste sabado teremos mais boas chances de medalhas. Lucas Prado está na final dos 200 metros no atletismo, na classe T11. Terezinha Guilhermina, também na classe T11, tentará mais uma medalha nos Jogos Paraolímpicos. André Brasil estará no cubo d'agua. E o ciclista Soelito Gohr terá mais uma chance de trazer uma medalha para o país na prova de estrada da classe LC1.

O GECEF dá os parabens aos medalhaistas de hoje e continua na torcida por mais medalhas brasileiras!

O Brasil conquistou nesta quinta-feira mais seis medalhas nos Jogos Paraolímpicos de Pequim. Agora o Brasil já soma 26 medalhas, sendo 9 de ouro, 7 de prata e 10 de bronze, muito próximo do recorde de Atenas, quando conquistamos 33 medalhas, com 14 de ouro. Aliás, no quadro de medalhas já mostramos uma evolução, pois estamos no top ten, mais precisamente na sétima colocação.
Neste dia 11 de setembro a única medalha dourada do país veio nas piscinas, com o novo herói olímpico brasileiro: Daniel Dias. O nadador conquistou sua quarta medalha de ouro, ao faturar a disputa dos 200 metros medley da classe SM5, e estabelecer novo recorde mundial. Daniel, aliás, ajudou a equipe masculina do revezamento 4x50 metros medley 20 pts. a conquistar a medalha de bronze. André Brasil conquistou a outra medalha da natação brasileira, ao ficar com a prata nos 200 metros medley da classe SM11.

O cavaleiro Marcos Alves conquistou a segunda medalha do hipismo brasileiro. Na disputa individual livre da classe Ib, Joca, como é conhecido, conquistou novamente a medalha de bronze. No remo outra medalha histórica. Na disputa do skiff duplo misto, Elton Santana e Josiene Lima também faturaram a medalha de bronze.

O atletismo brasileiro teve um dia fraco hoje. Apenas uma medalha, com o bronze de Odair Ferreira nos 5000 metros da classe T13. Nos outros esportes o Brasil quase conquistou a medalha de bronze no tenis de mesa, mas Luiz Algacir foi derrotado pelo espanhol Tomas Pinas na classe S3 por tres sets a zero. E a equipe de futebol de cinco ficou no empate sem gols com a Argentina.

O GECEF espera relatar mais medalhas brasileiras nos próximos dias!

Um abraço a todos!

O Brasil continua conquistando ótimos resultados nos Jogos Paraolímpicos de Pequim. Nos últimos dois dias de competições o país conquistou nada menos do que 14 medelhas, com 5 de ouro, 5 de prata e 4 de bronze.

Na natação a dupla André Brasil e Daniel Dias continua rendendo medalhas. Na terça-feira Daniel conquistou seu terceiro ouro nos Jogos, ao vencer os 200 metros livre da classe S5. No dia seguinte foi a vez da prata, na prova dos 50 metros borboleta. André Brasil conquistou o ouro nos 100 metros livre da classe S10, e teve a companhia do outro brasileiro, Phelipe Andrews, que ficou com a medalha de prata.
No judô, o Brasil conheceu seu primeiro tetracampeão olímpico, com o judoca Antonio Tenório, que confirmou o favoritismo e faturou a medalha de our na categoria até 100 quilos. A outra medalha do judô foi de prata, com Deanne Almeida, que ganhou a medalha de prata na categoria acima de 70 quilos.

O atletismo também rendeu suas primeiras medalhas para o país. Lucas Prada trouxe o primeiro ouro brasileiro, ao vencer os 100 metros da classe T11. No feminino, Terezinha Guilhermina ficou com a prata e Adria Santos, na sua sexta Olímpiada, ficou com o bronze. Nesta quarta-feira, mais duas medalhas no atletismo. Odair Ferreira conquistou o bronze nos 800 metros da classe T12. Já Shirlene Coelho, no lançamento de dardo da classe F37, chegou a quebrar duas vezes o recorde mundial, mas no final acabou com a medalha de prata.

E nestes dois dias tivemos medalhas históricas para o país. No hipismo conquistamos nossa primeira medalha, com o cavaleiro Marcos Alves, que ficou com o bronze no adestramento individual grau Ib. Já na bocha, esporte que trouxe a primeira medalha paraolímpica do país em 1976, conquistamos o inédito ouro com Dirceu Pinto na categoria BC4. De quebra, Eliseu Santos conquistou o bronze na mesma prova.

O GECEF parabeniza os atletas pelos bons resultados e continua na torcida para mais medalhas!

O Brasil continua a sina de bons resultados nos Jogos Paraolímpicos em Pequim. Neste segundo dia foram mais três medalhas conquistadas, sendo duas de ouro e uma de bronze.
As medalhas douradas, mais uma vez, vieram das piscinas. Daniel Dias conquistou a segunda medalha de ouro, ao vencer os 50 metros livre da classe S5. A vitória foi incrível e só foi decidida nos metros finais, quando o brasileiro superou o chinês Junquan He, que havia batido o recorde mundial nas eliminatórias. Francisco Avelino, o outro brasileiro na prova, chegou na sétima colocação.

O outro ouro foi de André Brasil, que venceu com folga os 100 metros borboleta da classe S10 e ainda quebrou o recorde mundial. Em todo o momento da disputa André foi superior aos adversários, e conquistou o ouro com mais de dois segundos de diferença para o segundo colocado.

A medalha de bronze veio nos tatames, com a judoca Daniele Silva, que venceu a argelina Mounia Karkar na disputa do bronze da categoria 57 kg. Daniele perdeu sua primeira luta, mas deu a volta por cima e venceu a repescagem. A outra judoca brasileira, Lucia Teixeira, foi eliminada na repescagem.

Outros resultados brasileiros em Pequim: o futebol de 7 estreou com vitória contra a Holanda por 1 a 0. Goalball feminino conquista a primeira vitória ao derrotar o Canadá por 6 a 5. Já a seleção masculina de vôlei perdeu a segunda, desta para o Irã, por dois sets a zero. O ciclista Soelito Gohr, esperança de medalha do Brasil, infelizmente perdeu a disputa do bronze e terminou na 4ª colocação na disputa de perseguição da classe LC1.

O GECEF volta amanhã com mais notícias dos Jogos Paraolímpicos!

Um abraço a todos!

A estréia do Brasil nos Jogos Paraolímpicos não poderia ter sido melhor. Logo de cara, três medalhas para nossos atletas. As judocas Karla Cardoso (48 kg) e Michelle Ferreira (52 kg) ganharam as medalhas de prata e bronze, respectivamente. Já o nadador Daniel Dias conquistou o primeiro ouro para o Brasil, nos 100 metros livre da classe S5, e ainda cravou novo recorde mundial.
No judô faltou mais sorte para as meninas brasileiras. Karla foi derrotada apenas na final para a chinesa Wuaping Guo, por ippon. Esta é a segunda medalha de Karla, que também foi prata em Atenas. Já Michelle Ferreira perdeu sua segunda luta e foi para a disputa do bronze. Lá não teve jeito. Com um ippon, ela derrotou a espanhola Scheila Hernandez, e conquistou o bronze junto com a russa Alesya Stepanyuk. O ouro foi para a chinesa Na Cui e a prata para a francesa Sandrine Aurieres-Martinet.

Na natação a piscina foi verde-amarela! Daniel Dias confirmou o favoritismo e conquistou o ouro na prova dos 100 metros livre da classe S5, onde abaixou o recorde mundial em quase dois segundos, com o tempo de 1'11''05. É o primeiro ouro da natação brasileira nos Jogos Paraolimpicos, que tentará sair da sombra de Clodoaldo Silva, que aliás, obrigado a competir em todas as provas, foi o sexto na mesma prova do Daniel.

Outros brasileiros estrearam ontem nos Jogos. O futebol de cinco, praticado por cegos, estreou com vitória e segue firme rumo ao bicampeonato olimpico. As equipes de basquete em cadeiras de roda estrearam com derrota. A equipe feminina perdeu da Alemanha, enquanto que a masculina deixou a vitória escapar no último quarto. A equipe de vôlei sentado estreou com derrota para o Egito e a equipe de goalball feminino perdeu para a China.

O GECEF continuará acompanhando os atletas brasileiros e trazendo o resumo do dia da participação brasileira. Boa sorte a nossos atletas!


Apesar de pouco comentado na mídia, os Jogos Paraolimpicos de Pequim tiveram sua cerimônia de abertura hoje de manhã (horário brasileiro), às 9 horas.

Numa cerimônia linda, igualável às festividades dos Jogos Olímpicos, destaque para os atletas que desfilavam em suas cadeiras de roda, muletas e próteses, vendo, ou sentindo, todas as emoções que o esporte pode proporcionar às pessoas. Os Jogos Paraolimpicos contam com os verdadeiros campeões, aqueles que possuem o tal do espirito olimpico que Pierre de Coubertin falou em 1896, para os "normais".

Destaque também para os nossos valorosos atletas brasileiros, que colocaram o nome do país lá em cima em Atenas, com 14 medalhas de ouro, 12 de prata e 7 de bronze, 33 medalhas no total e a 14ª colocação no quadro geral de medalhas. Ou seja, apesar de todo o apoio, nossos atletas olimpicos trouxeram 37 medalhas nas últimas tres edições dos Jogos, em Sidney, Atenas e Pequim. Em apenas uma edição, nossos atletas paraolimpicos, sozinhos, trouxeram 33.

Mais uma razão para torcermos por ele.

Por acreditarmos que o esporte é aberto a todas as pessoas, o GECEF dará o mesmo espaço que foi dado aos atletas olímpicos. Mesmo porque, agora, poderemos comemorar a conquista de mais medalhas!

Boa sorte a todos os nossos atletas!

Embalados pelo ouro de Cesar Cielo e de Maurren Maggi, o GECEF discutiu com afinco as modalidades individuais em seu terceiro encontro neste segundo semestre de 2008.
Antes do debate, uma acalorada discussão sobre os destaques individuais dos últimos Jogos Olímpicos, que invariavelmente ficou entre Michael Phelps e Usain Bolt. Logo no começo, já houve a classificação do esporte individual, assim como no encontro sobre os esportes coletivos, mas já com a primeira diferenciação: se no esporte coletivo o fator psicológico não influencia muito o resultado final, nos esportes individuais a psicologia é constante no atleta, que não enfrenta apenas seu adversário, mas seus próprios limites, fisicos e mentais.
Depois, uma divisão em dois grupos, para facilitar a discussão, entre os esportes com contato direto com o adversário, conhecido como atividades ludomotoras, e os esportes individuais sem contato direto com o adversário. Analisamos o desempenho brasileiro nos esportes individuais ao longo dos Jogos Olímpicos, focando, é claro, nesta última edição, onde destacamos a grande presença feminina nas finais olimpicas.
A discussão também abordou um pouco dos esportes de inverno, tema que será retomado no encontro do dia 21 dee outubro, e que mostra o Brasil em grande ascensão, apesar de sermos um país tropical, abençoado por Deus, e bonito por natureza!
Na próxima semana fechamos as apresentações olimpicas, com uma discussão sobre o futebol olímpico, disputado bem antes da criação da Copa do Mundo, e título que o Brasil, o país do futebol, ainda não conquistou.
Um abraço a todos!

As competições dos Jogos Olímpicos já acabaram, mas o evento ainda repercute no GECEF. Dando seqüência ao especial sobre os Jogos Olímpicos, amanhã a reunião terá como temática a disputa de competições individuais. Este será o terceiro encontro do grupo neste semestre, que abordou a história dos Jogos no primeiro encontro e os esportes coletivos no segundo encontro.
O tema é propício para discussão, já que nesta edição dos Jogos tivemos excelentes resultados com nossos atletas, como o ouro de Cesar Cielo na natação e de Maurren Maggi no atletismo, além de vários outros atletas que conseguiram um resultado surpreendente nas disputas individuais.
Os encontro do GECEF são abertos ao público e acontecem toda terça-feira, às 17h30, na Sala de Reuniões do Depto. Ciencias Humanas da Unesp-Bauru.
Um abraço a todos!

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Em breve!